Cirurgias

Hemorroidectomia

O tratamento individualizado do paciente com doença hemorroidária hoje é preconizado. Nem todos os pacientes precisarão da hemorroidectomia. Novas perspectivas no tratamento, como ligadura elástica e hemorroidoplastia a laser, são sempre buscadas para diminuir a dor e o desconforto pós-operatório.

Perguntas frequentes sobre a cirurgia de Hemorroidectomia - Pré Operatório

>Há algum cuidado especial no pré-operatório, como lavagens?
O único cuidado pré-operatório é um período de jejum de 12 horas.

>Posso ir sozinho para a cirurgia?
Não, as cirurgias só são realizadas com um acompanhante maior de idade.

>Quanto custa uma cirurgia proctológica à laser?
Alguns convênios médicos cobrem integralmente os custos do procedimento. Cirurgias particulares deverão ser discutidas com o médico que irá avaliar a extensão da cirurgia.

>Em uma única cirurgia posso tratar todas as minhas hemorróidas?
Na grande maioria dos casos é possível a resolução definitiva em um único procedimento, casos extremos podem necessitar de uma segunda intervenção.

Perguntas frequentes sobre a cirurgia de Hemorroidectomia - Operatório

>Quantas pessoas participam da cirurgia?
O cirurgião, o cirurgião assistente, o anestesista, a instrumentadora e uma enfermeira.

>Qual a posição que terei que ficar para ser operado?
Você vai ficar deitado com as pernas apoiadas em uma perneira (Exemplo: posição ginecológica)

Perguntas frequentes sobre a cirurgia de Hemorroidectomia - Pós Operatório - I

>Após ser operado existe a possibilidade das hemorróidas voltarem?
Não, se a cirurgia for definitiva e os fatores predisponentes eliminados.

>Quanto tempo após a cirurgia poderei retornar ao trabalho?
O período de recuperação varia de acordo com o número de hemorroidas a serem tratadas e o tempo de evolução da doença além do limiar de dor de cada indivíduo, geralmente os pacientes retornam às suas atividades em 5 dias até uma semana, porém há casos de pacientes que retornaram com 2 dias.

>Quais as complicações que podem ocorrer após a cirurgia?
O número de complicações é extremamente baixo, mas pode ocorrer estenose ou incontinência anal, sangramento extremo, infecção local e retenção urinária por algumas horas.

>Como deve ser minha alimentação no pós operatório?
A alimentação deve ser o mais próxima do habitual possível, com exceção de alimentos ácidos, condimentados, carne de porco, chocolate e álcool por uma semana.

>Quanto tempo após a cirurgia devo retornar no consultório?
Após uma semana, 15 e 30 dias.

>Demora muito para cicatrizar?
O período de cicatrização gira em torno de 30 dias.

Perguntas frequentes sobre a cirurgia de Hemorroidectomia - Pós Operatório - II

>Vou sentir muita dor na primeira evacuação?
A primeira evacuação é sempre a mais temida. Recomenda-se que você prepare um banho de assento para ser utilizado logo após a evacuação.

>Como é feito o banho de assento?
Se você não possui banheira em casa, deve providenciar uma bacia grande com água morna. Sente na bacia com as costas apoiadas na parede e as pernas estendidas por 20 minutos, não é necessário acrescentar nada na água. A função do banho de assento é relaxar a musculatura do esfíncter anal e aliviar a dor.

>Quanto banhos de assento posso fazer por dia?
Quantos você julgar necessários para aliviar a dor.

>Vou sentir muita dor na primeira evacuação?
A primeira evacuação é sempre a mais temida. Recomenda-se que você prepare um banho de assento para ser utilizado logo após a evacuação.

>Vai sangrar muito após a cirurgia?
Não, o único sangramento é residual e pode sujar a gaze por até uma semana.

>E se eu tiver vontade de evacuar logo após a cirurgia?
Pode evacuar.

Perguntas frequentes sobre a cirurgia de Hemorroidectomia - Pós Operatório - III

>Devo usar alguma almofada ou bóia para sentar após a cirurgia?
Não.
>Como fica esteticamente a região operada?
Após a cicatrização total é quase imperceptível.

>Vou precisar retirar pontos após a cirurgia?
Não.
>Tenho intestino muito preso, preciso tomar laxantes após a cirurgia?
Essa necessidade será avaliada pelo seu médico na consulta.

>Como é feito o curativo no pós operatório?
Após a evacuação você deve lavar com água morna, enxugar com uma toalha macia e aplicar gaze estéril com uma pomada fornecida na clínica.

>Vou sentir muita dor no pós operatório?
A região do canal anal é extremamente sensível pois a inervação é cérebro-espinhal. A dor no pós operatório é controlável com anti-inflamatórios e banhos de assento com água morna

>Vou ficar com algum tampão no ânus após a cirurgia?
Não.
>Quanto tempo após a cirurgia vou poder ter relação sexual anal?
Você pode ter relação anal após a completa cicatrização dos tecidos, avaliado pelo seu médico.

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Ligadura elástica de hemorroidal

A ligadura elástica é feita de forma ambulatorial, sem a necessidade de internação, e consiste na aplicação de um anel elástico na porção mucosa dos mamilos hemorroidários (área menos sensível para dor), causando assim, a necrose e eliminação da hemorroida, além de produzir uma fixação inflamatória da mucosa, evitando a sua exteriorização através do ânus, durante a evacuação.

Quanto ao número de sessões necessárias para o tratamento completo, isto dependerá do número de hemorroidas. Normalmente, é melhor tratar um mamilo por sessão, o que gera menor desconforto e menor risco de complicações. Os resultados com a ligadura elástica são positivos, levando a uma redução de 80% nas indicações de cirurgia, ou seja, a cada dez pacientes, oito se beneficiarão da ligadura elástica.

Segundo a literatura médica, o índice de satisfação dos pacientes com a ligadura elástica é de 90%, sendo que a chance de cura em uma única aplicação é de 60% a 70%. É indicada para os casos de hemorroidas de 1 e 2 graus (hemorroidas internas).

Fissurectomia anal

Pacientes com dor anal crônica e sangramento após evacuação devem ser avaliados, pois as fissuras anais são frequentemente presentes. E na falha ao tratamento clínico ou cicatrizes crônicas na região a fissurectomia anal, que consiste na retirada da fissura anal crônica, pode ser empregada.

Fistulotomia anal

A fistulotomia anal é um procedimento cirúrgico para a abertura da fístula anorretal. Que é aquele trajeto que se forma ao redor do ânus e mantém saída de secreção purulenta ou fecal. As fístulas anorretais complexas e recidivadas sāo sempre um grande desafio ao cirurgião colorretal. Por isso, mais uma vez, a individualização do tratamento deve ser tentada. O correto estadiamento pré-operatório define a melhor técnica cirúrgica para cada paciente.

Tratamento cirúrgico do cisto pilonidal

Cisto pilonidal é uma inflamação entre as nádegas (região interglútea), mais comuns em homens, que acontece quando o pelo é encapsulado pela pele local, levando à uma intensa reação inflamatória local, com formação de abscesso e dor. O tratamento do quadro agudo normalmente é com drenagem para alívio dos sintomas.

Já o tratamento definitivo deve ser baseado em técnicas menos agressivas, como a pilonodoplastia a laser, em que ao invés de grandes ressecções locais para controle dos tecidos afetados e que demoram a cicatrizar, aplica o laser de maneira pontual e resolutiva. Permitindo assim a melhor recuperação em tempo mais rápido.

Tratamento cirúrgico da Hidradenite supurutiva

A hidradenite supurativa é uma doença inflamatória crônica do folículo piloso e estruturas associadas. A inflamação folicular e a subsequente oclusão levam à ruptura do folículo e ao desenvolvimento de abscessos, fístulas e cicatrizes. Acomete normalmente virilhas, axilas, região perianal e peri-mamilar. Com a evolução do tratamento medicamentoso a cirurgia com ressecção local é cada vez menos utilizada.

Drenagem de abscesso anal

O abscesso surge a partir da obstrução e proliferação de bactérias das glândulas que ficam próximas do ânus e na linha pectínea. O tratamento mais indicado para o abscesso anal é a drenagem cirúrgica. Nela, um corte sobre a área do abscesso, permite a retirada da inflamação do local com saída imediata da secreção e alívio importante da dor. O maior risco após drenagem é um abscesso evoluir para uma fístula, que acomete até 30% dos casos.

Drenagem de trombose hemorroidaria

A trombose hemorroidária acontece quando um coágulo se forma no interior dos vasos hemorroidarios, principalmente externos. O tratamento oral tem ótimos resultados. Em casos selecionados há a necessidade de drenagem cirúrgica da trombose.

Correção de fístulas retovaginais

Essas fístulas surgem na mulher, no ligamento entre o reto e a vagina. Causando dor, infecções urinárias de repetição, drenagem purulenta ou mesmo fecal na vagina, que causa redução da qualidade de vida. Em geral elas resultam de tratamentos para doenças como câncer, pós-parto e abscessos da região perianal. O tratamento normalmente é escalonado, com a drenagem adequada do trajeto no primeiro momento para posterior correção definitiva.

Perineoplastia posterior - Correção de Retocele

Pacientes com disfunção evacuatória, normalmente mulheres, após partos vaginais e múltiplas gestações, que apresentam dificuldade para evacuar com dor, sensação de peso e evacuação incompleta. O diagnóstico normalmente é clínico. E o tratamento passa por reforço da musculatura pélvica com fisioterapia e exercícios específicos, até a correção cirúrgica com a perineoplastia posterior.

Correção cirúrgica de prolapso retal

O prolapso retal acontece quando o suporte do reto fica enfraquecido. Com isso, a parede retal sai pelo ânus no momento da evacuação. Existem casos que o reto precisa ser introduzido para dentro do reto novamente, ou pode até mesmo ficar exposto sempre.

A cirurgia de prolapso retal tem o objetivo de sanar esse problema e impedir prolapsos futuros. Diversas técnicas podem ser empregadas para a correção cirúrgica do problema e a individualização do tratamento deve ser sempre buscada.

Tratamento do condiloma anal (HPV)

A infecção da região perianal pelo hpv, muitas vezes se manifesta como pequenas verrugas na região perianal. O correto diagnóstico, afastando infecções oportunistas e outras infecções sexualmente transmissíveis, leva ao tratamento local adequado. Quando ocorre falha no tratamento clínico, aí sim realizamos eletrocauterização dos condilomas.

Tratamento da estenose anal

A estenose anal é complicação incomum da cirurgia anorretal, sendo principalmente resultante de uma hemorroidectomia, fistulotomias anais, fissurectomias anais extensas ou irradiação do canal por câncer. O objetivo da anuplastia é a restauração da função normal do ânus, com alargamento do canal anal e melhora da evacuação.

Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica (CPRE)

O aparelho utilizado se assemelha ao da endoscopia e utilizamos a imagem gerada para identificar a papila duodenal (pequeno orifício localizado no início do intestino delgado), local de onde é drenado a bile produzida pelo fígado. A intenção é entrar nesta papila com auxílio de pinças especiais e resolver problemas do canal do fígado e pâncreas.

A maior parte dos pacientes necessita deste procedimento para a retirada de pedras do canal da bile (colédoco) e se beneficiam muito em resolver este problema de forma endoscópica e não invasiva uma vez que a outra opção para resolução deste tipo de problema é a cirurgia aberta e esta por sua vez muito mais complexa e difícil tanto para o cirurgião quanto para o paciente.

Ligadura Elástica de Varizes Esofágicas

Alguns pacientes podem desenvolver varizes no esôfago. Isso geralmente decorre de um mal funcionamento do fígado e exige cuidados imediatos pois há grande risco de sangramento destas varizes e consequentemente risco de vida. Durante a endoscopia digestiva é feito o diagnóstico destas varizes e então acoplamos ao aparelho de endoscopia um outro aparelho especial capaz de sugar estas varizes e prendê-las com uma espécie de borracha fazendo com que as varizes desapareçam com o passar do tempo. Em alguns casos se faz necessário mais de uma sessão.

Retirada de Corpo Estranho

Muitos são os objetos engolidos por aí, você nem vai acreditar! Os campeões são as moedas ingeridas acidentalmente por crianças, mas temos também pregos, agulhas e outros objetos ingeridos propositalmente por algum motivo especial.

Denominamos corpo estranho todo objeto (não alimento) ingerido acidentalmente ou propositalmente e utilizamos o endoscópio e pinças especiais a fim de retirá-los do estômago e impedir danos maiores ao paciente.

Balão Intragástrico

O balão intragástrico é um dispositivo utilizado a fim de aumentar a saciedade do paciente e levar ao emagrecimento sem que seja necessário a realização de cirurgias.
Trata-se de um balão propriamente dito que fica repleto por soro e um corante azul. Este balão é colocado dentro do estômago com auxílio do endoscópio e então o paciente está pronto para iniciar um acompanhamento nutricional e a mudança do estilo de vida que vão levar ao emagrecimento. O balão pode ficar por 6 ou 12 meses, dependendo da indicação médica, e após este período também será retirado por endoscopia, sem cortes, sem cicatriz.

Em breve teremos mais conteúdo sobre o balão intragástrico, agende sua consulta no CDOC.

Gastrostomia Endoscópica

Trata-se de um procedimento realizado por endoscopia para posicionar uma sonda alimentar no estômago. Está indicado para pacientes que não conseguem ingerir alimentos e líquidos pela boca por algum motivo, sejam eles doenças degenerativas, traumas, tumores entre outros.

O procedimento é realizado sob sedação associado a anestesia da pele e uma punção única guiada por endoscopia, ou seja, substituímos a gastrostomia cirúrgica, onde há uma incisão (corte abdominal) por um procedimento todo realizado com auxílio da endoscopia sem que haja corte e com menor risco para o paciente que pode receber dieta e alta hospitalar em menos de 24h.